Zine

Voto Nulo

A expressão voto nulo é usada para designar quando numa eleição, o eleitor comparece ao local da votação, mas decide não votar em nenhum dos candidatos participantes do pleito. Confunde-se com o voto em branco,que não tem os mesmos efeitos práticos deste.




Nós entendemos que o voto nulo é uma forma de expressar-mos o nosso descontentamento com o sistema político vigente no ato eleitoral.Porém, entendemos por outro lado que o ato de votar nulo é na verdade uma manifestação de falta de cidadania, que contribui para piorar nível dos ocupantes de cargos públicos. Há uma enorme controvérsia a respeito do voto nulo, sendo porém impossível determinar o que quis dizer o eleitor ao efetuar este procedimento, a não ser o fato de que ele simplesmente não quis votar em nenhum candidato

Anarquismo o sistema libertário.

Olá Anarquistas ;
Quando você ouve falar dos anarquistas, você logo é conduzido a acreditar que nós somos bombardeiros furiosos. Qualquer grupo que solta uma bomba é imediatamente chamado 'anarquista', não importando se eles são nacionalisas, socialistas ou fascistas. O mito criado é que nós acreditamos na violência por causa disso. O outro mito é aquele em que o anarquismo é caos, e é usado por políticos, governos e na mídia que diz: se não houver nenhum governo, haverá caos. Mas sempre que você procura saber sobre a sociedade de
hoje logo vem à conclusão que talvez nós já estejamos vivendo um caos. Milhares de pessoas estão morrendo de fome ao redor do mundo, contudo, milhões de dólares são diariamente gastos em usinas nucleares que têm o potencial de destruir nós e todo o mundo afora.

Você poderia perguntar por que isso é assim?

Nós dizemos que há uma grande razão - LUCRO!

No momento nós vivemos numa sociedade na qual há duas classes principais - os ricos e os trabalhadores. Os ricos possuem as fábricas, bancos, fazem compras, etc.
Os Trabalhadores não. Tudo que eles têm é o suor que usam para ganhar sua vida. São compelidos aos trabalhadores a vender o seu suor aos ricos por um salário. O patrão está interessado em usurpar com muito trabalho do trabalhador para que com pouco empreendimento seja possível poder manter altos lucros. Assim, quanto mais trabalham, menos ganham e mais os patrões enriquecem. Os interesses deles estão em total oposição um ao outro.

A produção não está baseada nas necessidades das pessoas. Produção é para lucro. Então, embora haja muita comida no mundo para alimentar todos, as pessoas passam fome porque os lucros vêm primeiro. Este é capitalismo!

Anarquismo é a teoria libertária baseada na ausência do Estado. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita , defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias. A Liberdade é a base inconteste de qualquer pensamento, formulação ou ação anarquista, representando o elo sublime que conjuga de forma plena todos os anarquistas. Assim, entre os anarquistas, a Liberdade deixa apenas o plano abstracional (do pensamento) para ganhar uma funcionalidade prática, sendo o símbolo e a dinâmica do desenvolvimento humano real. Em outras palavras, o princípio básico para qualquer pensamento, ação ou sociedade ser definida como anarquista é que esteja imersa, tanto abstracionalmente (ideologicamente), quanto pragmaticamente (no âmbito das ações), no conceito de Liberdade.
Isso se chama liberdade. Isto se chama anarquia.


Introdução e Apresentação.

"Eles dizem que somos loucos; bagunceiros; desordeiros; eles dizem que iremos trazer o caos pra nossa ”sociedade“ e afirmam sempre que somos perigosos.

Bom, eles estam errados, em primeiro lugar não somos loucos; pois não temos; e nunca teremos e não queremos ter o poder de construir bombas nem armas nucleares.

Perigosos?

Nós?

Não!!

Felizmente não usamos cassetetes nem algemas, não assassinamos inocentes em chacinas, somos anarquistas não a policia militar, não matamos ninguém de fome, também não escravizamos pessoas e, nem abusamos de nenhuma autoridade, nós somos é PUNK e não "ESTADO...” .

O Anarquismo existe, sim, ele existe e esta cada vez mais forte do que nunca, a informação é a nossa melhor arma, atiramos as informação e ela consegue acertar a cabeça das pessoas, a voz anarquista, uma voz que nunca se cala, até os surdos ouvem e, através do (A) circulado os cegos também podem ver toda vez que eles ouvem a palavra "anarquia", a liberdade passa diante dos olhos.

É isso que nós aqui do Movimento Anarquista queremos, informar, lutar para que a liberdade seja igual para todos, liberdade é o nosso sonho, é a nossa meta, e como todo sonho não é impossível; lutamos todos os dias para que ele se torne real.

Um zine totalmente voltado às pessoas que querem quebrar a corrente da opressão.

Chega de sermos oprimidos, queremos um mundo melhor, e isso é totalmente possível, por que é o mundo que nós todo sonhamos e acreditamos, por que as pessoas são, e, fazem o mundo em que vivemos, se você muda, o mundo muda também, chega dessa porcaria de racismo e de preconceito, chega de homofobia (preconceito aos homossexuais), chega desse capitalismo monstro, a alienação, a prisão e toda essa merda que atrasa o mundo, somos iguais e o que muda é a nossa forma de pensamento, pois cada um tem o direito de pensar o que quiser, você é livre pra fazer e pensar o que quiser, contanto que pense no bem, no bem estar dos outros, por que será também o seu bem estar, respeite os outros, respeite o índio, respeite o negro, respeite o branco, respeite o mulato, respeite o ser humano, respeite o mundo, não seja nacionalista, pois vivemos no mesmo planeta, somos uma só raça, falamos línguas diferentes, por que nossa língua é nossa cultura, devemos aprender e respeitar a cultura dos outros, nada de bandeira nacional.

Os trabalhadores recebem um salário de fome, e os poderosos insistem em dizer para termos ”orgulho de ser brasileiro”, que orgulho imbecil é esse? Orgulho de passar fome? Orgulho de dormir nas ruas? Orgulho do desemprego? Orgulho da prostituição infantil? Não, eu não tenho esse orgulho, pois sou um cidadão global como todo anarquista e por isso quero e posso mudar o lugar e o mundo em que vivemos não importa em que lugar daqui ou do mundo eu esteja ou nós estejamos. Somos muitos, sim, somos muitos e fazemos a diferença e onde quer que estejamos a anarquia não tem nacionalidade, pois o (A) circulado é o mesmo em qualquer lugar do mundo,todos nós que levantamos a bandeira negra ou a bandeira com esse (A) circulado (as nossas bandeiras mundiais) lutamos constantemente sem dar trégua nenhuma aos opressores, em resumo, o pessoal Anarquista são guerreiros, pois todos nós quer de alguma forma, não importa de que forma lutamos para a transformação do mundo, apoiamos qualquer forma de ação direta, ação direta e liberdade é a nossa plataforma, ouvimos qualquer voz e pensamento, qualquer idéia anarquista é bem vinda e bem aceita, o importante é lutar e nunca desistir, quero ouvir muitos punks e ler outros zines espalhados pelo mundo, que neste momento me apóiam para fazer a primeira edição, com certeza iremos progredir por que estamos unidos nessa batalha, este zine é feito da minha e da sua união, este zine é feito da minha e da sua idéia por que aqui não temos lideres. Obrigado por ler estas palavras, espero que gostem deste zine.

Anarquia X Mídia

“Há uma grande confusão em torno da palavra anarquismo. Muitas vezes a anarquia é considerada como um equivalente de caos e o anarquista é tido, na melhor das hipóteses, como um niilista, um homem que abandonou todos os princípios e, às vezes, até confundido com um terrorista inconseqüente. Muitos anarquistas foram homens com princípios desenvolvidos; uma restrita maioria realizou atos de violência que, em termos de destruição, nunca chegou a competir com os líderes militares do passado ou com os cientistas nucleares de hoje." (Por George Woodcock) A origem da palavra anarquismo é baseada em duas raízes gregas: archon, que significa governante e o prefixo an, que significa sem. Assim anarquia significa estar ou viver sem governo, sendo a doutrina que prega a maleficência do Estado, a maior fonte dos vícios e problemas sociais.Entretanto, este tipo de definição é muito pouco difundida entre a sociedade. As pessoas possuem em suas mentes a definição de anarquistas como loucos, rebeldes sem causa, que desejam simplesmente a abolição do Estado sem nenhum tipo de preocupação posterior. Acreditam que os anarquistas são quase ignorantes que simplesmente desejam o caos para o planeta por não terem mais esperança ou moral. Mas de onde este tipo de pensamento surgiu? Que livro estas pessoas leram para adquirirem tal conceito sobre nós, anarquistas?A resposta para estas perguntas guarda o grande problema da humanidade: a ignorância. As definições acima citadas, que demonstram o anarquismo como um sistema violento e inconseqüente, são fruto da ignorância da população mundial que, em sua recusa subconsciente ao pensar, acabam por aceitar a idéia que lhe parece mais simples. Assim, acabam absorvendo as informações simples e digeridas, embora modificadas, por simples comodismo.Todos sabemos qual a principal responsável pela distorção, ridicularizarão, facilitação e manipulação dos fatos, da história: a mídia, campeã em distorcer imagens e em influenciar pessoas mal informadas sobre qualquer tipo de assunto, sendo considerada por muitos onisciente, quase perfeita (uma verdadeira arma da luta pela verdade) e que acaba tornando-se mais importante do que o próprio pensar gerando, por fim, um grande exército de robôs ignorantes, ao qual certamente muitos parentes e conhecidos seus fazem parte. É esta massa robotizada um de nossos maiores inimigos e fazê-los pensar um dos nossos principais objetivos.As raízes do pensamento anarquista são muito antigas podendo ser encontradas entre filósofos da Grécia e China Antiga, e entre seitas heréticas da Idade Média. Doutrinas totalmente anarquistas começaram a surgir durante o Renascimento e a Reforma, sendo que como movimento ativista o anarquismo pertence aos séculos XIX e XX. Entre grandes nomes da história mundial temos Proudhon, Bakunin, Godwin, Tolstoi, Kropotkin e Shelley que, entre outros, demonstraram em seus escritos, atitudes ou manifestações, princípios anarquistas.Como a mídia e a ignorância de muitos conseguiram manipular os fatos fazendo com que a rica, bela e antiga história anarquista conseguisse ser transformada em um simples sinônimo de caos e inconseqüência é o que nos deixa chocados e alarmados. Pois se algo tão grande como o anarquismo acabou sendo modificado, alguém poderia afirmar que não está sendo manipulado pela mídia e pelo capitalismo, a cada vez que vê um simples comercial ou lê uma reportagem em algum jornal de grande circulação?A única solução contra esta tamanha manipulação é o pensar. Quando pensamos, quando perguntamos o porquê, enxergamos a verdade crua sobre o mundo, abandonando os pré-conceitos existentes e abrindo mão deste triste mundo fantasioso ao qual somos obrigados a aceitar. Isto se chama liberdade. Isto se chama anarquia.

Anarquia e Anarquismo

O anarquismo em suas origens, aspirações, em seus métodos de luta, não está necessariamente ligado a qualquer sistema filosófico.
O anarquismo nasceu da revolta moral contra as injustiças sociais. Quando apareceram homens que se sentiram sufocados pelo ambiente social em que eram obrigados a viver, que sentiram a dor dos demais como se ela fosse a sua própria, e quando estes homens se convenceram de que boa parte do sofrimento humano não é conseqüência inevitável das leis naturais ou sobrenaturais inexoráveis, mas, ao contrário, que deriva de realidades sociais dependentes da vontade humana e que podem ser eliminados pelo esforço humano, abria-se então o caminho que deveria conduzir ao anarquismo.
Era necessário encontrar as causas específicas dos males sociais e os meios corretos para destruí-las.
E quando alguns consideraram que a causa fundamental do mal era a luta entre os homens que resultava no domínio dos vencedores e a opressão e a exploração dos vencidos, e viram que este domínio dos primeiros e esta sujeição dos segundos deram origem à propriedade capitalista e ao Estado, e quando se propuseram derrubar o Estado e a propriedade, nasceu o anarquismo.

Eu prefiro deixar de lado a incerta filosofia e ater-me às definições comuns, que nos dizem que a anarquia é uma forma de vida social em que os homens vivem como irmãos, sem que nenhum possa oprimir e explorar os demais, e em que todos os meios para se chegar ao máximo desenvolvimentomoral e material estejam disponíveis para todos. O anarquismo é o método para realizar a anarquia por meio da liberdade e sem governo, ou seja, sem organismos autoritários que, pela força, ainda que seja por bons fins, impõem aos demais sua própria vontade.

A anarquia é a sociedade organizada sem autoridade, compreendendo-se a autoridade como a faculdade de impor a própria vontade. Todavia, também significa o fato inevitável e benéfico de que aquele que melhor compreenda e saiba fazer uma coisa, consiga fazer aceitar mais facilmente sua opinião, e sirva de guia nesta determinada coisa aos que são menos capazes.

Em nossa opinião, a autoridade não somente não é necessária para a organização social, mas, mais ainda, longe de beneficiá-la vive dela como parasita, impede seu desenvolvimento e extrai vantagens desta organização embenefício especial de uma determinada classe que explora e oprime as demais. Enquanto há harmonia de interesses em uma coletividade, enquanto ninguém deseja e nem tem meios de explorar os demais, não existem traços de autoridade. Quando, ao invés disso, há lutas intestinas e a coletividade se divide em vencedores e vencidos, surge então a autoridade, que é naturalmente usada para a vantagem dos mais fortes e serve para confirmar, perpetuar e fortalecer sua vitória.

Por sustentarmos esta opinião somos anarquistas, e em caso contrário, afirmando que não poderia haver organização sem autoridade, seríamos autoritários. Porque ainda preferimos a autoridade que incomoda e desola a vida, à desorganização, que a torna impossível.

Quantas vezes temos de repetir que não queremos impor nada a ninguém, que não acreditamos ser possível nem desejável beneficiar as pessoas pela força, e que tudo o que queremos é que ninguém nos imponha sua vontade, que ninguém possa estar em posição de impor aos demais uma forma de vida social que não seja livremente aceita?

O socialismo é ainda mais verdadeiro no anarquismo - não pode ser imposto, seja por razões morais de respeito à liberdade, seja pela impossibilidade de aplicar “pela força” um regime de justiça para todos. Ele não pode ser imposto por uma minoria a uma maioria e também não pode ser imposto pela maioria a uma ou várias minorias. E é por isso que somos anarquistas, que desejamos que todos tenham a liberdade “efetiva” de viver como queiram. Isso não é possível sem a expropriação daqueles que detêm atualmente a riqueza social e sem colocar os meios de trabalho à disposição de todos.

A base fundamental do método anarquista é a liberdade, e por isso combatemos e continuaremos a combater tudo o que a violenta - liberdade igual para todos - qualquer que seja o regime dominante: monarquia, república ou qualquer outro.

Nós, ao contrário, não pretendemos ter a verdade absoluta. Acreditamos que a verdade social, ou seja, o melhor modo de convivência social, não é algo fixo, bom para todos os tempos, universalmente aplicável ou determinável de antemão. Ao invés disso, acreditamos que uma vez assegurada a liberdade, a humanidade avançará, descobrindo e realizando as coisas, gradualmente, com o menor número de comoções e atritos. Por isso, as soluções que propomos deixam sempre a porta aberta a outras soluções distintas e, esperamos, melhores.

Aqueles que analisam minha pergunta: “Como vocês farão para saber de que maneira se orientará, amanhã, sua república?”, opõem-se, por sua vez, colocando o seguinte: “Como vocês sabem de que maneira se orientará seu anarquismo?”. E eles têm razão: são numerosos e extremamente complexos os fatores da história, são tão incertas e indetermináveis as vontades humanas, que ninguém poderia colocar-se seriamente a profetizar o futuro. Mas a diferença que existe entre nós e os republicanos é que nós não queremos cristalizar nosso anarquismo em dogmas e nem impô-lo pela força; será o que puder ser e se desenvolverá à medida que os homens e as instituições tornem-se mais favoráveis à liberdade e à justiça integrais.

Temos em vista o bem de todos, a eliminação de todos os sofrimentos e a generalização de todas as alegrias que possam depender das ações humanas; buscamos a paz e o amor entre todos os homens, uma sociedade nova e melhor, uma humanidade mais digna e feliz. Porém, acreditamos que o bem de todos não pode ser alcançado realmente sem o concurso consciente de todos; acreditamos que não existem fórmulas mágicas capazes de resolver as dificuldades; que não há doutrinas universais e infalíveis que se apliquem a todos os homens e a todas as situações; que não existem homens e partidos providenciais que podem substituir utilmente a vontade dos demais pela sua própria e fazer o bem pela força; pensamos que a vida social toma sempre as formas que resultam do contraste dos interesses materiais e dos ideais daqueles que pensam e reivindicam.

E por isso, convocamos a todos a pensar e a reivindicar.

O anarquista é, por definição, aquele que não quer ser oprimido e que não quer ser opressor, aquele que deseja o maior bem-estar, a maior liberdade, o maior desenvolvimento possível para todos os seres humanos. Suas idéias e suas vontades têm origem no sentimento de simpatia, de amor,de respeito para com a humanidade: um sentimento que deve ser suficientemente forte para fazer com que cada um queira o bem dos outros, assim como quer o seu próprio bem, renunciando as vantagens pessoais cuja obtenção requer o sacrifício dos outros. Se não fosse assim, por que o anarquista seria inimigo da opressão e não trataria, ao invés disso, de transformar-se em opressor?

O anarquista sabe que o indivíduo não pode viver fora da sociedade, na realidade ele nem existiria, como indivíduo humano, senão porque carrega dentro de si os resultados do trabalho de inumeráveis gerações passadas, e aproveita durante toda sua vida a colaboração de seus contemporâneos.

O anarquista sabe que a atividade de cada um influencia, de maneira direta ou indireta, a vida de todos, e reconhece, portanto, a grande lei da solidariedade que predomina tanto na sociedade como na natureza. E já que quer a liberdade de todos, deve necessariamente querer que a ação desta solidariedade necessária, ao invés de ser imposta e sofrida, inconsciente e involuntária, ao invés de ser deixada à sua própria sorte e ser explorada em vantagem de alguns poucos e em detrimento da maioria, torne-se consciente e voluntária e seja aplicada para o igual benefício de todos.

Ser oprimidos, ser opressores, ou cooperar voluntariamente para o maior bem de todos. Não há nenhuma outra alternativa possível; e os anarquistas estão naturalmente a favor, e não podem não estar, da cooperação livre e voluntária. Não queremos aqui ficar “filosofando” e falando de egoísmo, altruísmo e complicações similares. Estamos de acordo: todos somos egoístas, todos buscamos nossa satisfação. Porém, o anarquista encontra sua máxima satisfação na luta pelo bem de todos, pela realização de uma sociedade na qual possa ser um irmão entre irmãos, em meio de homens saudáveis, inteligentes, instruídos e felizes. Por outro lado, quem puder adaptar-se, quem estiver satisfeito em viver entre escravos e em obter lucro de seu trabalho não é, e não pode ser, um anarquista.

Para ser anarquista, não basta reconhecer que a anarquia é um lindo ideal - coisa que, ao menos em teoria, todos reconhecem, incluindo os poderosos, os capitalistas, os policiais e, creio eu, até mesmo Mussolini. É necessário querer combater para chegar à anarquia, ou ao menos se aproximar dela, tratando de atenuar o domínio do Estado e do privilégio, e reivindicando sempre mais liberdade e mais justiça.

Por que somos anarquistas?

Independente de nossas idéias sobre o Estado político e sobre o governo, ou seja, sobre a organização coercitiva da sociedade, que constituem nossa característica específica, e as idéias referentes ao melhor modo de assegurar a todos o livre acesso aos meios de produção e a participação nas boas coisas da vida social, somos anarquistas por um sentimento que é a força motriz de todos os reformadores sociais sinceros, e sem o qual nosso anarquismo seria uma mentira ou um contra-senso.

Este sentimento é o amor para com a humanidade, é o fato de sofrer com sofrimentos dos demais. Se eu como, não posso fazê-lo com gosto se penso que há gente que morre de fome; se compro um brinquedo para minha sobrinha e me sinto muito feliz por sua alegria, minha felicidade logo se amarga ao ver que, diante da vitrine da loja há crianças com os olhos arregalados que se contentariam com um brinquedo que custa apenas algumas moedas, mas que não podem comprá-lo; se me divirto, minha alma se entristece assim que penso que há infelizes companheiros que definham nas prisões; se estudo ou realizo um trabalho que me agrada, sinto uma espécie de remorso ao pensar que há tantas pessoas que têm maior talento que eu e se vêem obrigadas a perder sua vida em tarefas exaustivas, muitas vezes inúteis ou prejudiciais. Claramente, puro egoísmo, mas de um tipo que outros chamam altruísmo - chamem-no como quiserem - e sem o qual, não é possível ser realmente anarquista.

A intolerância frente à opressão, o desejo de ser livre e de poder desenvolver completamente a própria personalidade até o limite, não bastam para fazer de alguém um anarquista. Esta aspiração à liberdade ilimitada, se não for combinada com o amor pelos homens e com o desejo de que todos os demais tenham igual liberdade, pode chegar a criar rebeldes, que, se tiverem força suficiente, se transformarão rapidamente em exploradores e tiranos.

Há indivíduos fortes, inteligentes, apaixonados, com grandes necessidades materiais ou intelectuais que, encontrando-se por acaso entre os oprimidos, e querem, a qualquer custo, emancipar-se e não se ofendem em transformar-se em opressores: indivíduos que, sentido-se prisioneiros na sociedade atual, chegam a desprezar e a odiar toda a sociedade, e ao sentir que seria absurdo querer viver fora da coletividade humana, buscam submeter todos os homens e toda a sociedade à sua vontade e à satisfação de seus desejos. Às vezes, quando são pessoas instruídas, consideram-se super-homens. Não se sentem impedidos por escrúpulos, querem “viver suas vidas”. Ridicularizam a revolução e toda aspiração futura, desejam gozar o dia de hoje a qualquer preço, e à custa de quem quer que seja; sacrificariam toda a humanidade por uma hora de “vida intensa”(conforme seus próprios termos).

Estes são rebeldes, mas não anarquistas. Têm a mentalidade e os sentimentos de burgueses frustrados e, quando conseguem, transformam-se em burgueses, e não dos menos perigosos. Pode ocorrer algumas vezes que, nas circunstâncias dinâmicas da luta, os encontremos ao nosso lado, mas não podemos, não devemos e nem desejamos ser confundidos com eles. E eles sabem muito bem disso.

Contudo, muitos deles gostam de chamar-se anarquistas. É certo - e também deplorável.
Nós não podemos impedir ninguém de se chamar do nome que quiser, nem podemos, por outro lado, abandonar o nome que sucintamente exprime nossas idéias e que nos pertence lógica e historicamente. O que podemos fazer é prevenir qualquer confusão, ou para que ela se reduza ao mínimo possível.

Eu sou anarquista porque me parece que o anarquismo responde melhor que qualquer outro modo de vida social ao meu desejo pelo bem de todos, às minhas aspirações para uma sociedade que concilie a liberdade de todos com a cooperação e o amor entre os homens, e não porque o anarquismo se trate de uma verdade científica e de uma lei natural. Basta-me que não contradiga nenhuma lei conhecida da natureza para considerá-lo possível e lutar para conquistar o apoio necessário para sua realização.

Eu sou comunista (libertário, claramente), estou a favor do acordo e creio que comum a descentralização inteligente e uma troca contínua de informações seria possível chegar à organização das trocas necessárias de produtos e satisfazer as necessidades de todos sem recorrer ao dinheiro, que está certamente carregado de inconvenientes e perigos. Aspiro, como todo bom comunista, a abolição do dinheiro, e como todo bom revolucionário creio que será necessário desarmar a burguesia desvalorizando todos os sinais de riqueza que possam permitir que pessoas vivam sem trabalhar.

Frequentemente, dizemos: “o anarquismo é a abolição do gendarme”, entendendo por gendarme qualquer força armada, qualquer força material a serviço de um homem ou de uma classe para obrigar os demais a fazer o que não querem fazer voluntariamente. Certamente, esta definição não dá uma idéia nem sequer aproximada do que se entende por anarquia, que é uma sociedade fundada no livre acordo, na qual cada indivíduo pode atingir o máximo desenvolvimento possível, material, moral e intelectual; que encontra na solidariedade social a garantia de sua liberdade e de seu bem-estar. A supressão da coerção física não é suficiente para que se chegue à dignidade de homem livre, para que se aprenda a amar seus semelhantes, a respeitar os direitos dos outros da mesma forma que deseja ter seus próprios direitos respeitados, e para que se recuse tanto a mandar como a obedecer. Alguém pode ser um escravo voluntário por deficiência moral e por falta de confiança em si mesmo, assim como alguém pode ser tirano por maldade ou por inconsciência, quando não encontra resistência adequada. Porém, isto não impede que a abolição do gendarme, ou seja, a abolição da violência nas relações sociais, constitua a base, a condição indispensável sem a qual a anarquia não pode florescer e, mais ainda, não pode nem sequer ser concebida.

Visto que todos estes males da sociedade derivam da luta entre os homens, da busca do bem-estar que cada um realiza por sua própria conta e contra todos, queremos corrigir esta situação, substituindo o ódio pelo amor, a competição pela solidariedade, a busca individual do próprio bem-estar pela cooperação fraternal para o bem-estar de todos, a opressão e a imposição pela liberdade, a mentira religiosa e pseudo-científica pela verdade.

Portanto:

1. Abolição da propriedade privada da terra, das matérias-primas e dos ins-
trumentos de trabalho - para que ninguém disponha de meios de viver
pela exploração do trabalho alheio -, e que todos, assegurados dos meios
de produzir e de viver, sejam verdadeiramente independentes e possam
associar-se livremente comos demais, por uminteresse comume conforme
as simpatias pessoais.

2. Abolição do governo e de todo poder que faça a lei para impô-la aos outros:
portanto, abolição das monarquias, repúblicas, parlamentos, exércitos, po-
lícias, magistraturas e toda instituição que possua meios coercitivos.

3. Organização da vida social por meio das associações livres e das federa-
ções de produtores e consumidores, criadas e modificadas segundo a von-
tade dos membros, guiadas pela ciência e pela experiência, livre de todaAnarquismo e Anarquia 10
obrigação que não emane das necessidades naturais, às quais todos se sub-
metem voluntariamente, quando reconhecem seu caráter inelutável.

4. Garantia dos meios de vida, de desenvolvimento, de bem-estar às crianças
e a todos aqueles que são incapazes de suprir suas próprias necessidades.

5. Guerra às religiões e todas as mentiras, ainda que elas se ocultem sob o
manto da ciência. Instrução científica para todos, até os níveis mais elevados.

6. Guerra às rivalidades e aos preconceitos patrióticos. Abolição das fronteiras
e fraternidade entre todos os povos.

7. Reconstrução da família, de tal forma que ela resulte da prática do amor,
liberto de todo laço legal, de toda opressão econômica ou física, de todo
preconceito religioso.



Queremos abolir radicalmente a dominação e a exploração do homem pelo homem; queremos que os homens, irmanados por uma solidariedade consciente e desejada, cooperem todos de maneira voluntária para o bem-estar de todos; queremos que a sociedade constitua-se com o objetivo de proporcionar a todos os seres humanos os meios necessários para que alcancem o máximo bem-estar possível, o máximo desenvolvimento moral e material possível; queremos pão, liberdade, amor e ciência para todos.

Boicote o MC Câncer!!!

(Texto retirado do Zine Profecia)
 "O McDonald`s gasta uma fortuna em publicidade tentando cultivar uma imagem familiar e acolhedora que esta muito longe de ser verdadeira. As crianças são aliciadas a entrar, arrastando consigo os seus pais, com a promessa de "brinquedos grátis". Mas, por detrás da cara sorridente de Ronald McDonald está a realidade- o único interesse da McDonald`s é o dinheiro- fazer lucros às custas seja de quem e do que for !!!

Anarquismo o sistema libertário.

Quando você ouve falar dos anarquistas, você logo é conduzido a acreditar que nós somos bombardeiros furiosos. Qualquer grupo que solta uma bomba é imediatamente chamado 'anarquista', não importando se eles são nacionalistas, socialistas ou fascistas. O mito criado é que nós acreditamos na violência por causa disso. O outro mito é aquele em que o anarquismo é caos, e é usado por políticos, governos e na mídia que diz: se não houver nenhum governo, haverá caos. Mas sempre que você procura saber sobre a sociedade de
hoje logo vem à conclusão que talvez nós já estejamos vivendo um caos. Milhares de pessoas estão morrendo de fome ao redor do mundo, contudo, milhões de dólares são diariamente gastos em usinas nucleares que têm o potencial de destruir nós e todo o mundo afora.

Você poderia perguntar por que isto é assim? Nós dizemos que há uma grande razão - LUCRO!
No momento nós vivemos numa sociedade na qual há duas classes principais - os ricos e os trabalhadores. Os ricos possuem as fábricas, bancos, fazem compras, etc.

Os Trabalhadores não. Tudo que eles têm é o suor que usam para ganhar sua vida. São compelidos aos trabalhadores a vender o seu suor aos ricos por um salário. O patrão está interessado em usurpar com muito trabalho do trabalhador para que com pouco empreendimento seja possível poder manter altos lucros. Assim, quanto mais trabalham, menos ganham e mais os patrões enriquecem. Os interesses deles estão em total oposição um ao outro.

A produção não está baseada nas necessidades das pessoas. Produção é para lucro. Então, embora haja muita comida no mundo para alimentar todos, as pessoas passam fome porque os lucros vêm primeiro. Este é capitalismo!

Anarquismo é a teoria libertária baseada na ausência do Estado. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita , defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias.

A Liberdade é a base inconteste de qualquer pensamento, formulação ou ação anarquista, representando o elo sublime que conjuga de forma plena todos os anarquistas. Assim, entre os anarquistas, a Liberdade deixa apenas o plano abstracional (do pensamento) para ganhar uma funcionalidade prática, sendo o símbolo e a dinâmica do desenvolvimento humano real. Em outras palavras, o princípio básico para qualquer pensamento, ação ou sociedade ser definida como anarquista é que esteja imersa, tanto abstracionalmente ( ideologicamente) , quanto pragmaticamente (no âmbito das ações), no conceito de Liberdade.

Isso se chama liberdade. Isto se chama anarquia.

Nas proximas edições faleremos mais sobre a anarquia !!

Anarquismo o sistema libertário.

(Texto tirado do zine Kausadores de Revolta)

O Movimento Punk

A contestação contra o sistema de coisas tornou forma ideológica através do Punk. Com o visual fugindo dos padrões que a sociedade impõe através do modismo, mostrando sua revolta pelo corte de cabelo à moicano (ou cabelos espetados) coloridos, roupas velhas surradas (em oposição ao consumismo), jaquetas arrebitadas com frases de indignação às injustiças do Estado repressor e a atitude subversiva, se mostra o PUNK. Esse movimento não fica calado, acomodado, como a maioria dos jovens e o povo em geral, fazendo manifestações, panfletagens, boicotes, passeatas: mostrando sua cultura e seu repúdio a todas as formas de facismo, nazismo e racismo, autoritarismo, sexismo e comando; vendo como solução a autogestão (ou seja anarquia) para a libertação dos povos, raças, homens e mulheres. Em palavras mais claras, autogestão seria a organização dos povos sem fronteiras nem lideranças autoritárias e partidárias, com plena igualdade, onde todos participariam da resolução dos problemas sociais. O punk também mostra sua cultura anticapitalista pelo FANZINE (jornal político-alternativo), pela música HARDCORE, som simples e direto, não comercializável, trazendo propostas políticas, seu comportamneto livre e objetivo, fazendo com que o Punk NÃO SEJA UMA MODA e sim um modo de vida e pensamento. Saiba e conscientize-se que Punk não é bagunça, muito pelo contrário é um movimento cultural de luta e ação direta, de liberdade de expressão e de comportamento. O movimento que surgiu a quase duas décadas, como contestação, evoluiu e evolui até hoje...

A fome no mundo

Esse é o número de mortos a cada ano, segundo denuncia o último relatório da FAO, divulgado em Roma.Cerca de 6 milhões de crianças morrem a cada ano pela fraqueza de seu sistema imunológico causada por fome e desnutrição, o que as torna incapazes de superar doenças infecciosas curáveis, como diarréia, sarampo e malária. O número é equivalente a aproximadamente toda a população pré-escolar do Japão. A denúncia está no último relatório sobre a situação da fome no mundo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que lembra que na fome e na má nutrição estão as piores conseqüências da pobreza.O documento, apresentado ontem em Roma na 33ª conferência bienal do organismo da ONU, ressalta que combater a desnutrição que atinge 852 milhões de pessoas, segundo as últimas estimativas da FAO (2004), é indispensável para alcançar todos os objetivos de desenvolvimento do milênio.Reduzir a fome e a pobreza extrema até 2015 é o primeiro desses objetivos, que os líderes de 189 países se comprometeram a cumprir na cúpula de 2000 e incluem, além disso, o acesso à educação, a igualdade de gêneros, a luta contra a mortalidade infantil, a aids e outras doenças, a melhora da saúde materna e a sustentabilidade do meio ambiente. "A maior parte desses objetivos não será alcançada sem um compromisso mais efetivo e progressos mais rápidos", advertiu o diretor da FAO, Jacques Diouf, no prefácio do relatório.As notícias mais encorajadoras nesse sentido provêm da América Latina e do Caribe, a única região em desenvolvimento que reduziu a fome suficientemente rápido desde 1990 a ponto de poder alcançar a meta estabelecida nos objetivos de desenvolvimento do milênio, segundo o documento.A região Ásia-Pacífico também tem "boas possibilidades", indica a FAO, enquanto as más notícias vêm, mais uma vez, da África subsaariana, onde a fome diminui "muito lentamente". Embora haja progressos desde 1990, "será necessário que a região aumente consideravelmente seu ritmo" se quiser cumprir os objetivos do milênio, insiste o relatório.O estudo também adverte que a incidência de fome no Oriente Médio e no norte da África é baixa, mas, ao invés de diminuir, tem aumentado nos últimos dez anos numa tendência que parece contínua e tem de ser revertida para que os objetivos sejam alcançados.A FAO ressalta, ainda, que os progressos foram mais difíceis justamente nos países onde há mais fome: só 4 dos 16 nos quais mais de 35% da população sofre desnutrição registram progressos, enquanto no restante o índice não apresenta variações ou, pior ainda, aumenta.Esse grupo inclui 13 países da África subsaariana e o Haiti, segundo dados do período 2000-2002 (o relatório divulgado hoje não atualiza o número de famintos; uma nova estimativa está prevista na edição de 2006).A FAO insiste que a luta para eliminar a fome será decidida nas zonas rurais, onde vivem três de cada quatro pessoas com fome. "Nessas regiões reside a grande maioria dos quase 11 milhões de crianças que morrem antes de completar 5 anos, das 530 mil mulheres que morrem durante a gravidez ou o parto e dos 300 milhões de casos de malária aguda", lembra a agência.Para acabar com a fome, a FAO ressalta que é necessário aumentar a produção agrícola por meio de investimentos, boa administração, estabilidade política e manutenção da paz, além de "educação de qualidade para as crianças nas áreas rurais e a melhoria da condição da mulher".Chegar a esses fatores em um ritmo mais rápido que o atual é indispensável, diz a FAO, para que nos próximos dez anos comece a se tornar realidade a afirmação feita na Cúpula Mundial sobre a Alimentação: "Todas as pessoas têm o direito fundamental de não passar fome".Das 55 milhões de crianças de 10 a 15 anos no Brasil, 40% estão desnutridas. 1,5 milhão entre 7 e 14 anos está fora da escola. A cada ano, 2,8 milhões de crianças abandonam o ensino fundamental. Das que concluem a 4ª série, 52% não sabem ler nem escrever. Informações do senador Cristovam Buarque, 2005.Uma em cada 12 crianças do planeta enfrenta as piores formas de exploração no trabalho, revelou um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado em Londres em fevereiro de 2005.''Cerca de 180 milhões são submetidas a trabalhos perigosos, escravidão, recrutamento forçado no Exército, prostituição e outras atividades ilegais'', denunciou o documento, que classifica o trabalho infantil como uma cicatriz na consciência do mundo no século 21.97% das crianças exploradas se encontram nos países pobres ou em desenvolvimento. Só na África, onde a situação é mais grave, metade dos que tem entre cinco e 14 anos trabalha..UNICEF.A cada sete segundos, morre uma criança de fome. Documento-base da Campanha da Fraternidade de 2005.Mais de 27 milhões de crianças vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil, e fazem parte de famílias que têm renda mensal de até meio salário mínimo. Aproximadamente 33,5% de brasileiros vivem nessas condições econômicas no país, e destes, 45% são crianças que têm três vezes mais possibilidade de morrer antes dos cinco anos. UNICEFEm 2003, 35 em cada mil crianças com idade menor de cinco anos morreram no Brasil. (UNICEF)Mais de 10 milhões de meninos e meninas do mundo morrem de doenças passíveis de serem prevenidas, 600 milhões delas vivem na pobreza e mais de 100 milhões – na sua maioria meninas – não vão a escolas.A maioria dos quase 200 milhões de crianças e jovens menores de 18 anos da América Latina, do Caribe, dos Estados Unidos e do Canadá vivem na pobreza.No Brasil, os direitos de mais d e 23% das crianças e adolescentes (14 milhões) estão sendo completamente negados, segundo relata documento da ONU de 2004. Um milhão de crianças entre 7 e 14 anos estão fora da escola, 1,9 milhão são analfabetas e 2,9 milhões de crianças entre 5 e 14 anos trabalham, a maioria como empregadas domésticas e em lixões.De acordo com o censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de mortalidade infantil, apesar da queda nos últimos anos, está na média de 29,6 mortes para cada mil crianças nascidas. Entre 1988 e 1990, 4.661 crianças e adolescentes foram mortos, o que significa quatro assassinatos por dia, em sua maioria meninos pobres e negros. Desses, 52% foram assassinados pela polícia ou por seguranças privados.5,4 milhões de crianças e jovens trabalham no Brasil. Esse número significa que 12,7% da população entre 5 e 17 anos estão, de alguma forma, inseridos no mercado informal de trabalho e longe das salas de aula.Em um país como o Uruguai, até a pouco citado como uma das “Suíças da América Latina”, 46,6% das crianças de menos de 6 anos viviam em uma família pobre em 2002.A taxa de mortalidade infantil de menores de 5 anos é de 7 por mil nos EUA e de 8 por mil no Canadá, enquanto que no Haiti é de 123, na Bolívia é de 77 e na Guiana é de 72 por mil. A única grande exceção é Cuba, com uma taxa de 9 por mil, típica de países do centro do capitalismo.Pelo menos 2 milhões de meninos, e principalmente de meninas, estão vinculados ao trabalho infantil na América Latina e no Caribe, sendo vítimas de todo tipo de exploração, discriminação e violências verbais e físicas, assim como abusos sexuais.A cada ano, 1,2 milhão de crianças são vítimas, segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT), de um negócio que produz 100 milhões de dólares no mundo.Segundo a OIT, os dados de trabalhadores domésticos infantis é espantoso: no Peru, 110 mil; no Paraguai, 40 mil; na Colômbia, 64 mil; na República Dominicana, 170 mil; apenas na Guatemala, 40 mil; no Haiti, 200 mil; e no Brasil – o campeão de trabalho doméstico na América Latina e talvez no mundo – 500 mil. (Por Emir Sader)Atualmente, 10% das crianças dos países em desenvolvimento morrem antes dos cinco anos. [CARE]Há 113 milhões de crianças fora da escola em todo o mundo;Cerca de 123 milhões de crianças no mundo em idade escolar não tiveram acesso às salas de aula em 2003, segundo a Unicef. Desse grupo, apenas 2% estão nos países ricos;Na Guatemala, 50% das crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crônica.Trabalho desenvolvido pela Procuradoria da Infância e Adolescência aponta que mais de 450 mil cri anças sofrem algum grau de desnutrição na Nicarágua.
[Retirado do zine boca suja]

Brasil: Miséria e Fome

Você esta com fome, você não tem nada na geladeira, come do lixo, passa necessidades, dorme debaixo de viadutos, paga imposto/assalto, trabalha e apanha da polícia, recebe salário de fome, não agüenta pagar dividas,o filho esta sem escola,pede e você não pode dar,seu filho não tem sapato,e ele trabalha na sinaleira,ou pede esmola,o gado morreu de fome,você esta sem água,viu algo na vitrine de um restaurante e não pode comprar,não é culpa sua,come hoje e não poderá comer amanhã,o Brasil e Globalização,sinônimo de miséria e corrupção,fome e segurar a bandeira,que orgulho de país?Tenha vergonha, moramos aqui, mas tudo isso é deles, agente não pode sair daqui a não que tenhamos um passaporte, se saímos daqui somos ilegais, nós podemos acabar com essas fronteiras, nós podemos ter um mundo livre. Enquanto ficamos calados e eles enchem a barriga, nós estamos na mesma, olhe para o mendigo na calçada e diga a você mesmo o que vê, sim, é um ser humano, mas esta sendo tratado com um cachorro vira-lata,e simplesmente dão as costas,veja crianças se prostituindo,veja pessoas se prostituindo,acha que eles fazem isso por que gostam?Não, por dinheiro, falta emprego, sobram promessas. Eles esquecem dos famintos, famintos não precisam de carros luxuosos, roupas bonitas ou mansões, eles querem comida, um prato de comida, um prato de comida pra nós não custa caro, mas pra eles custam a vida, eles morrem pelo mesmo prato de comida, apanham por roubar feijão no supermercado, ou morre ou mata a fome, um feijão leva a prisão, na prisão existem milhões na mesma situação, lá não encontramos aqueles que roubaram milhões, não para encher a barriga, e sim a conta bancária, o que custa mais caro, 1 milhão ou um prato de feijão?A sua família inteira passa fome e você não sabe mais o que fazer esta em desespero, mas não é culpa sua e nem Deus quis assim, pois aqui a lei é dos homens, do mais forte/mais rico. Se você se identificou com alguns destes tristes acontecimentos, companheiro existe milhões iguais a você, o nosso grito pode fazer a diferença. Presidente e político nenhum se importa nem se importará com você, ele não dará emprego nem vai assinar sua carteira de trabalho, ele não enche sua geladeira nem paga suas contas, ele trabalha em beneficio a burguesia e aos donos de bancos. Já chega, fomos pacientes demais, agüentamos muito e morremos ao longo do tempo, o que é nosso teremos que “saquear” deles, nosso suor é a riqueza deles, trabalhamos em beneficio/enriquecimento do patrão,resumindo,vamos lutar pelo que é nosso, por que o mundo pertence a nós!